segunda-feira, 13 de abril de 2009

Ainda o (meu) Alentejo na poesia de...

O Alentejo
Gosto menos dos campos felizes
Exuberantes, sempre vestidos
De verdes macios…
Não recebo deles aquela inquietação
Que os campos mais tristes
Por vezes me dão!
Gosto mais do Alentejo,
Do meu!...
De Moura onde nasci,
A Beja, Santa Victória,
Onde nasceu o meu amor por ele!
Gosto do meu Alentejo – Tragédia!
Imenso, quente e nu!
Gosto da sua terra de barro
Da cor da carne viva!
Gosto de ouvir dizer
Chaparro, tarro, seara,
Almeara, restolho,
Palavras musicais
Fortes, gostosas,
Que o alentejano diz arrastando...

Maria José Rijo

4 comentários:

Baila sem peso disse...

Quando assim se fala do berço amado
nada mais carece de ser falado...

terra de dor e mão calejada
mas que canta a planície amada!!!
estar de raiz assim fadada!

parabéns a quem escreveu
um beijinho pela partilha

Andradarte disse...

Até no tempo teve sorte, para
aproveitar o chaparro, não!!....
Beijo

lili laranjo disse...

GRITO

Grito…
Grito alto…
Grito muito…
Ao mundo cão …
Ao mundo de muita gente…
Gente linda…
Gente feia…
Gente que mata…
Gente que atropela…
Gente que não percebe…
Que o melhor…
Que há neste mundo…
É poder gritar…
Gritar bem alto…
E dizer a todos…
Como é bom …poder Gritar!...




Lili Laranjo

Andradarte disse...

´Há pouco no Messenger referi-me
ao texto, por engano, era ao final
dos versos de M.J.R.
Baralhei-me.Sory
Beijo