quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Natal....Natal...

Natal na poesia Portuguesa

Natividade de Rubens


Entremos, apressados, friorentos,
numa gruta, no bojo de um navio,
num presépio, num prédio, num presídio
no prédio que amanhã for demolido...
Entremos, inseguros, mas entremos.
Entremos e depressa, em qualquer sítio,
porque esta noite chama-se Dezembro,
porque sofremos, porque temos frio.

Entremos, dois a dois: somos duzentos,
duzentos mil, doze milhões de nada.
Procuremos o rastro de uma casa,
a cave, a gruta, o sulco de uma nave...
Entremos, despojados, mas entremos.
De mãos dadas talvez o fogo nasça,
talvez seja Natal e não Dezembro,
talvez universal a consoada.

David Mourão Ferreira

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Natal na poesia Portuguesa

Andrea Mantegna

Era uma vez, lá na Judeia, um rei.
Feio bicho, de resto:
Uma cara de burro sem cabresto
E duas grandes tranças.
A gente olhava, reparava, e via
Que naquela figura não havia
Olhos de quem gosta de crianças.
.
E, na verdade, assim acontecia.
Porque um dia,
O malvado,
Só por ter o poder de quem é rei
Por não ter coração,
Sem mais nem menos,
Mandou matar quantos eram pequenos
Nas cidades e aldeias da Nação.
.
Mas,
Por acaso ou milagre, aconteceu
Que, num burrinho pela areia fora,
Fugiu
Daquelas mãos de sangue um pequenito
Que o vivo sol da vida acarinhou;
E bastou
Esse palmo de sonho
Para encher este mundo de alegria;
Para crescer, ser Deus;
E meter no inferno o tal das tranças,
Só porque ele não gostava de crianças.
. Miguel Torga

sábado, 11 de dezembro de 2010

Núcleo arqueológico da Rua dos Correeiros


Gostei de conhecer este sitio arqueológico que nos revela vinte e cinco séculos de ocupação humana na Baixa Lisboeta. Desde a idade do Ferro à Lisboa pós Terramoto podemos fazer a leitura da sobreposição de antigas cidades.É também muito perceptível a reconstrução Pombalina da baixa com o seu sistema de estacaria!
Enfim é uma viagem por vinte e cinco séculos de História que muito me agradou.E recomendo

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

História de Natal Digital


Vale a pena ver! E tal como o filme diz mudam os tempos, as formas de comunicar mas os sentimentos permanecem!

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Natal na poesia Portuguesa




   Natal... Na província neva.
Nos lares aconchegados,
Um sentimento conserva
 Os sentimentos passados.

   Coração oposto ao mundo,
  Como a família é verdade !
      Meu pensamento é profundo,
 Estou só e sonho saudade.

   E como é branca de graça
A paisagem que não sei,
Vista de trás da vidraça
Do lar que nunca terei !

Fernando Pessoa

sábado, 4 de dezembro de 2010

Terra Queimada

Terra Queimada

Trata-se de um filme de animação sobre a politica de terra queimada nas Linhas de Torres.
Encontrei, por acaso, no Facebook mas acho interessante para partilhar também neste formato.
Basta clicar no título!