Natividade de Rubens
Entremos, apressados, friorentos,
numa gruta, no bojo de um navio,
num presépio, num prédio, num presídio
no prédio que amanhã for demolido...
Entremos, inseguros, mas entremos.
Entremos e depressa, em qualquer sítio,
porque esta noite chama-se Dezembro,
porque sofremos, porque temos frio.
Entremos, dois a dois: somos duzentos,
duzentos mil, doze milhões de nada.
Procuremos o rastro de uma casa,
a cave, a gruta, o sulco de uma nave...
Entremos, despojados, mas entremos.
De mãos dadas talvez o fogo nasça,
talvez seja Natal e não Dezembro,
talvez universal a consoada.
David Mourão Ferreira
3 comentários:
Outra maneira....? de ver o Natal...
Um Santo Natal para si, na companhia
do Rui e restante família....Um Bom
Novo Ano 2011..
Beijos
Alcinda
Que lindo poema este de David Mourão Ferreira..., lindo mesmo....
Aproveito para lhe desejar, a si e a toda a família, um Santo e Feliz Natal e que o Ano de 2001 seja com muita saúde e repleto de coisas boas.
Um Beijinho
Albertina Granja
Lindo Poema.
FELIZ NATAL!
Para si. Para todos os seus.
Beijo.
isa.
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