sábado, 28 de novembro de 2009

Bom fim de semana

Venús de Urbino de Ticiano

Quero desejar-vos bom fim de semana prolongado e relembrar que a votação está a decorrer até ao dia 30 de Novembro, no Blogue Aldeia da minha Vida

domingo, 22 de novembro de 2009

O meu primeiro magusto


A primeira vez que eu participei num Magusto foi no início dos anos setenta quando cheguei aqui ao Oeste
No Alentejo, pelo menos na minha zona, não havia essa tradição. Comiam-se frutos secos, vindos do Algarve :as galinhas e os galos de pasta de figo, as amêndoas, as nozes… até há a feira de Castro Verde, cantada pela Mariza, onde se compram os frutos secos, em finais de Outubro.
Aqui chegada logo os meus alunos começaram a falar de magusto, perguntando com alguma ansiedade, se este ano não havia.
Ficaram atónitos com o meu desconhecimento, mas esclareceram-me e o magusto foi aprazado para o dia de S.Martinho, tendo eles tomado a responsabilidade da organização do mesmo.
No dia de S.Martinho a azáfama no pátio da escola era muita e a vozearia da garotada ensurdecedora!
Os meninos fizeram a fogueira com a lenha que eles próprios apanharam e lá dentro deitaram as castanhas depois de devidamente cortadas.
A partir daí foi o delírio total… os miúdos tiravam as castanhas assadas da fogueira, comiam-nas, voltavam a deitar mais castanhas na fogueira e, sobretudo enfarruscavam-se todos uns aos outros, no meio de grandes corridas, gritarias e brincadeiras.
A alegria reinava naquele pátio de recreio….cantavam-se cantigas alusivas ao S. Martinho...
Eu, nos meus verdes anos e perante o desconhecido estava também encantada, desconfio mesmo que também enfarrusquei algumas carinhas…comi muitas castanhas e diverti-me imenso.
Nem me lembro de mais alguma vez comer castanhas assadas como aquelas do meu primeiro magusto!
Eram mesmo “quentes e boas, quentinhas, a estalarem cinzentas na brasa”
Com o decorrer dos anos os magustos nas escolas foram perdendo as suas características, por razões práticas e de segurança. Mantem-se o convívio, comem-se castanhas mas aquela fogueira no chão, as castanhas a assar lá dentro e os miúdos a retirarem-nas com um pauzinho pertence ao passado.

Se gostou deste texto e quiser votar vá ao blogue Aldeia da minha vida e procure a grelha de votação no faixa lateral.A votação decorre de 28 a 30 de Novembro.

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Os Mistérios de Lisboa, um video de J.Fonseca e Costa



Os Mistérios de Lisboa,video que segue um texto de Fernando Pessoa.Trata-se de uma revisitação à cidade e aos locais referidos por Pessoa, no primeiro terço do século XX.
É uma homenagem ao poeta e um guia de Lisboa com o seu olhar.
Segundo o realizador, o fado não é mencionado por Pessoa.Contudo é incluído um fado cantado por um jovem fadista Duarte. Este é um pequeno excerto da obra lançada ontem no mercado.

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Ary dos Santos / Rua da Saudade



Na Rua da Saudade, projecto de um grupo de jovens artistas, de homenagem a José Carlos Ary dos Santos, nos 25 anos da sua morte.

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Pieter Brueghel, o Velho



Este pintor viveu no século XVI,na Flandres e ficou célebre pelos seus quadros com paisagens e cenas campestres.
Vale a pena ler um pouco sobre ele aqui

segunda-feira, 2 de novembro de 2009

O Jardim das Delícias, óleo sobre madeira

O Jardim das Delícias,pintura de Hieronymus Bosch, pintor Flamengo dos séculos XV e XVI, (1450-1516).
É um tríptico, o painel central representa o jardim das delícias terrenas e os laterais o Paraíso terreno e o Inferno.
Esta foi a pintura com que iniciámos as aulas de História de Arte neste ano lectivo.
Vale pena ler um pouco mais sobre este tema aqui.

domingo, 1 de novembro de 2009

Pus o meu sonho num navio

Pus o meu sonho num navio

Pus o meu sonho num navio
E o navio em cima do mar
Depois abri o mar com as mãos
Para o meu sonho naufragar

Minhas mãos ainda estão molhadas
Do azul das ondas entreabertas,
e a cor que escorre dos meus dedos
colore as areias desertas

O vento vem vindo de longe
A noite se curva de frio
Debaixo da água vai morrendo
Meu sonho dentro de um navio

Chorarei quando for preciso
Para fazer com que o mar cresça
E o meu navio chegue ao fundo
E o meu sonho desapareça

Depois tudo estará perfeito
Praia lisa, águas ordenadas,
Meus olhos secos como pedras
E as minhas duas mãos quebradas.

Cecília Meireles

Um poema para os meus amigos que me deixaram os parabéns no dia 28 de Outubro