No Domingo de Páscoa, como é habitual,fui ao piquenique que a minha família faz todos os anos.É, aliás, uma tradição do Alentejo, ir para o campo quando os primeiros dias de Primavera surgem com a sua luminosidade contrastante com os dias escuros do Inverno.
No caminho por esse Alentejo profundo, modo de dizer que não circulava na autoestrada,vi este "cegonhário" que logo me lembrou o singelo poema de Eugénio de Andrade.Não resisti a tirar uma foto. Ao sair do carro apercebi-me bem que estava perante uma autêntica maternidade, tal era a piada de todos aqueles cegonhitos! E a azáfama de seus pais para os alimentar.
Deixo aqui este singelo poema de Eugénio de Andrade:
Sei um ninho.
E o ninho tem um ovo.
E o ovo tem lá dentro um passarinho
Novo.
Mas escusam de me atentar:
Nem o tiro, nem o ensino.
Quero ser um bom menino
E guardar
Este segredo comigo
E ter depois um amigo
Que faça o pino
A voar...
5 comentários:
É....felizmente em Portugal,
protegem-se muito as cegonhas...bonito.
Beijo
Adoro o Alentejo! É a parte de Portugal que me faz lembrar a minha África. Quando estive de férias por aí, encontrei algumas cegonhas e seus ninhos mas não esta ternurenta maternidade!! A foto está esplêndida e a escolha do poema é a moldura mais desejável!
Parabens e um beijo
Graça
Querida amiga.
Isso é o Portugal profundo, verdadeiro. Não aquele que se fala nos gabinetes políticos.
Excelente foto. Já vi um sitio parecido com esse, mas não tão belo.
Beijos amiga.
Victor Gil
Bonita fotografia.
Bonito poema.
Espero que o piquenique tenha sido agradável.
No Alentejo voa-se pela claridade
O poema de Eugénio de Andrade
de tão singelo, é puro e belo!
Como uma foto e palavras de ninho
podem transportar tanto carinho...
Meu beijinho e que ande sempre no ar
um amigo, um sentimento...a voar!
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