sábado, 3 de julho de 2010

Retalhos de uma viagem à Turquia




Encontrei na Net esta descrição perfeita da Capadócia que eu visitei e decidi transcrevê-la aqui.

«Das planícies lunares elevam-se formações rochosas longilíneas que se assemelham a cogumelos, conhecidas como "chaminés-de-fada". Nas encostas terrosas, casas são construídas dentro da rocha, umas depois das outras, criando a ilusão de um gigantesco formigueiro, e, sob o chão, cidades escondidas. As cavernas também abrigam igrejas --centenas delas-- cristãs, muitas das quais guardam afrescos bizantinos. E no céu, balões pontuam o azul limpo nas primeiras horas da manhã. É mais ou menos isso a Capadócia, região bem no centro da Turquia que poderia ser o inacreditável cenário de um filme de ficção científica.
A cerca de 700 km de Istambul, a região que tem em Göreme, Ürgüp, Nevsehir e Avanos suas mais importantes cidades é um dos principais destinos turísticos do país e um de seus pedaços de história mais rica.
Capital do império hitita até 1.100 a.C., a importante Província do Império Romano, com direito à menção na Bíblia, é terra de são Jorge --curiosamente, um desconhecido entre os habitantes locais, que pasmam ao saber que o santo é um dos mais venerados no Brasil. A única representação de são Jorge está na capela de Santa Catarina, uma das dezenas que compõem o Museu a Céu Aberto de Göreme, aliás, uma das principais atrações capadócias.
A cerca de 1 km de Göreme, em uma colina, espalham-se dezenas de monastérios, capelas e igrejinhas do período bizantino, todas talhadas na rocha, algumas com menos de 5 m2, outras mais extensas. A maioria traz afrescos em suas "paredes", mas boa parte das obras não passou incólume pelo Período Iconoclasta.
Outro passeio obrigatório é a cidade subterrânea de Derinkoyu --uma das 35 da região.
Trata-se de cavernas subterrâneas interligadas que formam uma espécie de colméia, onde comunidades inteiras viviam em tempo integral. Há cozinhas comunais, estábulos, quartos, igrejas --tudo sob o chão, sem uma fresta de luz.
Os estudos sobre essas habitações ainda são precários. De concreto, sabe-se que eram usadas por volta do século 7 --mas alguns arqueólogos crêem que elas remontem a mais de 4.000 a.C., ainda da época dos hititas. Serviam, sobretudo, para períodos de guerra, quando aldeias inteiras tinham de se esconder ali para evitar o inimigo.
Essa quase-simbiose local entre homem e pedra acontece por conta do tipo de rocha dominante na região, de origem vulcânica e textura areada, muito suscetível à erosão.
A natureza única também fez a região popular entre os adeptos das caminhadas --que podem passear entre seus vales verdes (apesar da aparência árida, o solo capadócio é bastante fértil)-- e do balonismo.
Atenção apenas para as temperaturas: elas costumam ser cerca de 10ºC abaixo das de Istambul na maior parte do ano. Durante o outono e a primavera, as temperaturas amenas do dia caem à noite, por vezes para abaixo de zero.» Jornal Folha de São Paulo

4 comentários:

Manuela Freitas disse...

Maravilha esta viagem à Turquia, redobrei meu interesse em lá ir!...
Beijinhos,
Manuela

Andradarte disse...

Gostei....Muito....Deve ser emocionante
estar a ver estas fotos, tiradas
por si, 'in-loco'???.
Deve ter sido uma viagem maravilhosa.
Parabéns pela partilha.
Beijo

Anónimo disse...

É realmente uma região maravilhosa e diferente de tudo a que estamos habituados. Vou fazer os possíveis para ir vê-la.
Bj

Aida

Andradarte disse...

Grande mudança.... Não está
nada mal.....acho.....
Beijo